sábado, fevereiro 05, 2011

Dendrocronologia

A Dendrocronologia é uma ciência que analisa e interpreta o crescimento anual dos anéis das árvores. O termo, que provém do grego dendron (árvore) + kronos (tempo) + logos (conhecimento), é um dos métodos científicos mais utilizados na datação de madeira e carvão e em estudos paleoclimáticos.
A susceptibilidade das espécies arbóreas aos factores ambientais como o solo e o ar, permite que alterações de temperatura, humidade e/ou intensidade luminosa, fiquem registadas nos anéis de crescimento.
Este é um método de datação absoluta que se caracteriza por possuir um elevado nível de exactidão. Contudo, apenas nos fornece uma idade absoluta máxima de 11 400 anos, o que geologicamente é redutor dado que o nosso planeta tem cerca de 4 600 Ma.
Tal como qualquer outra ciência, a Dendrocronologia baseia-se em princípios fundamentais. Estes princípios regem os procedimentos, os métodos e a técnica a utilizar. Estes são:

ü  Princípio da Uniformidade
ü  Princípio dos Factores Limitativos
ü  Princípio do Crescimento Agregado da Árvore
ü  Princípio da Amplitude Ecológica
ü  Princípio da Selecção do Sítio
ü  Princípio do Crossdating
ü  Princípio da Replicação

      Se inicialmente este método de datação absoluta era apenas vocacionado para estudos climáticos, após variadas experiências, e a evolução da própria ciência, surgiram novas áreas de investigação/aplicação desta:

ü Dendroclimatologia
ü Dendroecologia
ü Dendrogeomorfologia
ü Dendrohidrologia
ü Dendropirocronologia
ü Dendroarqueologia



Actividade Prática sobre Dendrocronologia

   Uma vez que os métodos de datação absoluta fazem parte do programa de Geologia 12ºano, realizámos uma actividade prática acerca de uma das variantes: a Dendrocronologia.

            Objectivo 1: Determinar a idade da árvore (género Pinus) no ano de abate.

            Objectivo 2: Presumindo 2010 como ano de abate, IDENTIFICAR o ano em que a Primavera e Verão foram mais longos.

            Objectivo 3: Presumindo 2010 como ano de abate, IDENTIFICAR a década/ os anos com condições ambientais menos propícias ao crescimento da árvore.



Grupo I: Mariana, Mike e Sofia

   Objectivo 1- 40 anos (de 1970)











   Objectivo 2- 1988











  Objectivo 3- entre 1997 e 2005 (inclusive)












Observações e Conclusões: A amostra do tronco estudada pelo grupo apresenta o seu xilema descentrado e os seus anéis mais desenvolvidos de um lado que do outro deste. Possivelmente o tronco encontrava-se num terreno com alguma inclinação relativamente à horizontal, o que fez com que o crescimento não fosse uniforme. A proximidade entre as árvores no terreno, pode também ter sido o factor desencadeante do crescimento não uniforme.

Grupo II: Cristiano, Francisca, Matilde, Pedro Sampaio e Ricardo

      Objectivo 1-  49 anos +/- 1 ano 

      Objectivo 2-  1994/1995

      Objectivo 3- 1998 a 2006 +/- 1 ano



Grupo III: Ivo, Luciano e Márcia

Objectivo 1- 40 anos

Objectivo 2- 1993

Objectivo 3- entre 2000 e 2010



Conclusão comparativa final: Somente com base na observação, supõe-se que as “fatias” de tronco analisadas pelos grupos I e III são contemporâneas (apresentam a mesma idade) e de uma mesma zona (distribuição dos anéis e aspecto geral semelhante).


                                                                   Mariana Canoso e Sofia Lima

Material de Apoio ao Estudo III

   O mês de Janeiro já está quase a terminar e o primeiro teste de Geologia do ano de 2011 aproxima-se. Como tal, há que começar a pôr “mãos à obra”!
   Tal como no período passado, é apresentado um link com exercícios de aplicação, por forma a complementar os do caderno de actividades e manual:


    Uma vez que parte da matéria a estudar para o teste incide sobre a Tabela Cronostratigráfica, e muito daquilo que a ela vem associada, tal como os métodos de Datação Relativa e Absoluta, espero que estes resumo/esquemas vos sejam úteis:



    A Evolução da Vida na Terra, ou seja, a vida nas eras passadas (Pré-Câmbrico, Paleozóico, Mesozóico e Cenozóico) também é uma temática que será avaliada. Uma vez que os conteúdos são bastante alargados e as fronteiras entre o que realmente se sabe e aquilo que se desconhece são tudo menos algo bem definido, este site sintetiza os conhecimentos e destaca aquilo que de mais essencial há a reter:

http://e-geo.ineti.pt/edicoes_online/diversos/guiao_fosseis/capitulo4.htm  (na segunda página encontra-se a bibliografia e as fontes de informação utilizadas para construir a primeira, sendo que os primeiro quatro sites referidos são bastante interessantes).

Boa estudo, Mariana Canoso

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