A Dendrocronologia é uma ciência que analisa e interpreta o crescimento anual dos anéis das árvores. O termo, que provém do grego dendron (árvore) + kronos (tempo) + logos (conhecimento), é um dos métodos científicos mais utilizados na datação de madeira e carvão e em estudos paleoclimáticos.
A susceptibilidade das espécies arbóreas aos factores ambientais como o solo e o ar, permite que alterações de temperatura, humidade e/ou intensidade luminosa, fiquem registadas nos anéis de crescimento.
Este é um método de datação absoluta que se caracteriza por possuir um elevado nível de exactidão. Contudo, apenas nos fornece uma idade absoluta máxima de 11 400 anos, o que geologicamente é redutor dado que o nosso planeta tem cerca de 4 600 Ma.
Tal como qualquer outra ciência, a Dendrocronologia baseia-se em princípios fundamentais. Estes princípios regem os procedimentos, os métodos e a técnica a utilizar. Estes são:
ü Princípio da Uniformidade
ü Princípio dos Factores Limitativos
ü Princípio do Crescimento Agregado da Árvore
ü Princípio da Amplitude Ecológica
ü Princípio da Selecção do Sítio
ü Princípio do Crossdating
ü Princípio da Replicação
Se inicialmente este método de datação absoluta era apenas vocacionado para estudos climáticos, após variadas experiências, e a evolução da própria ciência, surgiram novas áreas de investigação/aplicação desta:
ü Dendroclimatologia
ü Dendroecologia
ü Dendrogeomorfologia
ü Dendrohidrologia
ü Dendropirocronologia
ü Dendroarqueologia
Mais acerca da Dendrocronologia em: http://www.cidehus.uevora.pt/textos/artigos/gerardo_dendocronologia.pdf
Actividade Prática sobre Dendrocronologia
Uma vez que os métodos de datação absoluta fazem parte do programa de Geologia 12ºano, realizámos uma actividade prática acerca de uma das variantes: a Dendrocronologia.
Objectivo 2: Presumindo 2010 como ano de abate, IDENTIFICAR o ano em que a Primavera e Verão foram mais longos.
Objectivo 3: Presumindo 2010 como ano de abate, IDENTIFICAR a década/ os anos com condições ambientais menos propícias ao crescimento da árvore.
Grupo I: Mariana, Mike e Sofia
Objectivo 1- 40 anos (de 1970)
Objectivo 2- 1988
Objectivo 3- entre 1997 e 2005 (inclusive)
Observações e Conclusões: A amostra do tronco estudada pelo grupo apresenta o seu xilema descentrado e os seus anéis mais desenvolvidos de um lado que do outro deste. Possivelmente o tronco encontrava-se num terreno com alguma inclinação relativamente à horizontal, o que fez com que o crescimento não fosse uniforme. A proximidade entre as árvores no terreno, pode também ter sido o factor desencadeante do crescimento não uniforme.
Grupo II: Cristiano, Francisca, Matilde, Pedro Sampaio e Ricardo
Objectivo 1- 49 anos +/- 1 ano
Objectivo 2- 1994/1995
Objectivo 3- 1998 a 2006 +/- 1 ano
Grupo III: Ivo, Luciano e Márcia
Objectivo 1- 40 anos
Objectivo 2- 1993
Objectivo 3- entre 2000 e 2010
Conclusão comparativa final: Somente com base na observação, supõe-se que as “fatias” de tronco analisadas pelos grupos I e III são contemporâneas (apresentam a mesma idade) e de uma mesma zona (distribuição dos anéis e aspecto geral semelhante).
Mariana Canoso e Sofia Lima